GAINSBOURG - O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES

Se você já ouviu "Je t'aime... moi non plus!" e em nenhum momento se sentiu constrangido(a) e/ou até mesmo ultrajado(a) pelos "ai-ai-ai-ui-ui-ui-ooooooh", então a meu ver, você está pronto(a) para assistir a esta cinebiografia de Serge Gainsbour. O filme faz uma leitura irreverente da vida e obra do grande compositor francês da década de 60. A grande sacada do filme é que Joann Sfar foge completamente do roteiro padrão para as tradicionais biografias cinematográficas, aqui o filme é tão irreverente, atrevido e sensual como Gainsbourg, eu diria que é quase uma declaração de amor do diretor. A atuação de Eric Elmosnino é simplesmente fantástica, ou seja, envolvente: ele transita do jovem feio e inseguro para um homem extremamente sedutor e atrevido até chegar no homem de meia-idade obsceno, decadente e alcoólatra. As atrizes que representam as mulheres-musas de Gainsbourg são um show a parte, especialmente, as que representam Brigitte Bardot e Jane Birkin. E há também muitos números musicais que jamais entediam. Vá ao cinema e veja como Joann Sfar foi criativo (ou melhor genial) em representar os vários alteregos (da infância a idade adulta) de Gainsbourg. Uma dica, se você parou de fumar recentemente e ainda está na fissura por um cigarro, dê um tempo, porque, todos fumam - inclusive as crianças (e os peixes ntambém!!!), aliás todos fumam em praticamente duas horas de filme. Para saber mais leia a crítica do Heitor Augusto que me convenceu a assistir a Gainsbourg - O Homem que Amava as Mulheres.